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Por exemplo a Mente

Por exemplo a Mente

Liberdade.

por Gustavo Castro, em 12.01.15

O que é uma crença? Há crenças boas? E más? Como é que elas funcionam? Primeiro, uma crença não passa de uma noção acerca do mundo. Servem para darmos sentido ao mundo em que vivemos e são por isso a coisa mais importante para nos construirmos o mundo. Os nossos sentidos ajudam-nos a construir metade da crença, observando o que se passa, e o cérebro acaba o trabalho. Mas uma crença NÃO corresponde à realidade, apenas corresponde à ideia que temos da realidade.

O filósofo diz que existem tantos mundos quanto pessoas e não há nada mais certo. O mundo é construido por nós e a realidade não tem muito que ver com o assunto. Se déssemos atenção à realidade, iríamos perceber que na verdade nós não sabemos grande coisa, apenas vamos racionalizando ao longo do caminho e tentando dar sentido a um mundo que não é passivel de ser absolutamnete desconstruído e entendido. Mas entender que não sabemos tudo e não ficarmos agarrados a crenças limitadoras talvez seja a melhor crença que se pode ter. Passando para a última questão que aqui coloquei, as crenças funcionam de uma maneira muito simples: são construídas pelos nossos sentidos e pela nossa interpretação e é a partir da nossa interpretação (aquela frase que adoramos usar: "isto funciona assim") que o mundo é construido.

O que aconteceu num determinado momento é transformado em algo interno e todo o nosso mundo funciona à volta dessa noção de funcionamento. Mais facilmente o que penso vai passar a reflletir-se na realidade. E assim funcionam as crenças.

Quanto ao facto de existirem crenças boas ou más: uma crença é má quando é usada para forçar pessoas a fazerem coisas de que não gostam. Tudo aquilo que as pessoas estejam obrigadas quer por lei ou pressão social são crenças que se podem considerar más. Sim, podemos dizer que as pessoas têm o poder da escolha, mas em algumas situações esta escolha não é propriamente 50-50. Uma crença implementada não permite outros caminhos, e por isso não está preparada para aqueles que não a querem seguir. Claro que podemos fazer a escolha de ir por outro lado, mas não me digam que essa é uma escolha equilibrada. É uma balança tendenciosa que nos empurra a todos para o mesmo sítio.

Já uma crença boa, muito simplesmente benefecia quem a tem (a parte mais importante) e quando é posta em prática benefecia as pessoas que a escolhem seguir também. E é isto que as difere. Deixem as pessoas escolher o caminho delas. O problema não são é o conteúdo das crenças, o problema são as pessoas que acham que as suas crenças são melhores do que as dos outros e depois tentam impingi-las a toda a gente. Cada uma faz o seu caminho, ao seu ritmo e à sua maneira. Tentar que essa pessoa faça o caminho que outro achava que era melhor, é matar a verdadeira essência do espirito humano que é ser livre para poder expandir-se e trazer mais conhecimento ao mundo.

Pessoas que escolheram não fazer o que nos é imposto, fizeram coisas tão maravilhosas que alteraram o mundo, por isso imaginem se vivessemos num mundo que encorajasse esse mesmo espirito aventureiro que todos temos dentro de nós.

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