Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Por exemplo a Mente

Por exemplo a Mente

Autorresponsabilização

por Gustavo Castro, em 12.02.15

O que é autorresponsabilização? É mais uma maneira de nos fazer sentir culpados ou é uma ferramenta poderosa? Primeiro, para mim é efetivamente uma ferramenta. É capaz de ajudar-nos? Se cada um a usar corretamente, é fantástica, se a usarem mal, vai custar-vos bastante, principalmente se acharem que o verdadeiro objetivo desta ferramenta é fazer-vos sentir culpados para mudarem. Não acredito que seja isso, acredito que seja, principalmente, para eu saber que tenho alguma espécie de controlo em relação ao que se passa à minha volta.

Eu entendi isto por níveis. No primeiro nível entendi que quando me acontecia algo, a primeira coisa a controlar era a minha reação. Nesta altura, via-me um pouco como um guerreiro num campo de batalha, sabia como reagir a tudo aquilo que viesse na minha direção. Ou seja, achamos que não temos controlo nenhum sobre aquilo que nos acontece mas temos todo o poder em relação à nossa reação. O único problema deste nível é que nos deixa tão preocupados em reagir corretamtente a situações adversas, que toda a nossa atenção fica focada em reagirmos positivamnete a acontecimentos negativos. Aqui entra o segundo nível. Russel Brand diz: "A realidade de uma pessoa é resultado da sua intenção e da sua atenção". Por isso, quando estamos tão preocupados em aprimorar a nossa capacidade de reagir corretamente, toda a nossa intenção está focada nesse aspeto e, consequentemente, apenas está focada em encontrar situações que propiciem essa aprendizagem. É esse o segundo nível: entender que, consciente ou inconscientemente, estamos a construir tudo o que se passa à nossa volta. Aqui entendemos que tudo o que ocorre à nossa volta, está dependente daquilo que são as nossas intenções, pensamentos, crenças, desejos, etc., e isto restringe a nossa atenção para que ela procure aquilo que estamos a pedir. Eu estou neste nível e posso dizer-vos que não é facil tentar controlar todos os pensamentos que me passam pela cabeça, mas é possível controlar esse turbilhão. Objetivos e meditação têm sido as minhas principais ferramentas para tentar centrar toda a minha atenção naquilo que quero e quando as coisas não correm bem e há algum pensamento que me traz uma situação mais complicada, eu tenho sempre controlo da maneira como escolho reagir.

Voltando à questão do início: todo este processo não serve para nos sentirmos culpados nem para dizer que estamos a falhar, serve essencialmente como uma fonte de esperança. Serve para dizer que é possível mudarmos as circunstâncias, mudarmos os nossos pensamentos e mudarmos aquilo que quisermos na nossa vida.  Muitos destes processos acontecem inconscientemente, mas à medida que vamos crescendo e evoluíndo, a nossa consciência expande-se e mostra-nos coisas que antes nos estavam ocultas. No primeiro nível desvenda-se o nosso papel nas situações adversas. No segundo nível, desvenda-se a maneira como essas situações adversas surgiram como pensamentos na nossa cabeça e depois se materializaram.

Agora a questão que fica é, será que existem mais níveis? Quando conseguir descobrir, volto a escrever-vos.

Da conjugação

por Gustavo Castro, em 23.11.14

Para quê escrever objetivos? Qual o benefício disto? E mais importante, será que funciona mesmo? Ora, eu sei que no último post que escrevi disse que a única coisa que interessa verdadeiramente é o presente e por isso estar agora a falar-vos de objetios para o futuro parece ser um bocado contraditório mas na realidade não é. Viver no presente não implica não ligar nada ao que acontece a seguir, e estabelecer objetivos futuros não implica recusar o presente. Na verdade, um sem o outro não trazem resultados muito positivos. Vejamos: se vivermos sem objetivos o nosso presente vai ser desprovido de qualquer propósito, o que nos faz sentir perdidos; se acharmos que só apenas quando alcançarmos os objetivos é que vamos atingir a felicidade então o nosso presente vai ser bastante deprimente.O que precisamos de entender é que a escrita de objetivos tem como como principal função fazer-nos sentir bem logo a partir do momento em que os escrevemos. 

Os objetivos manifestam-se de duas maneiras: internamente, ou seja, fazem-nos sentir coisas boas; e externamente, ou seja, têm uma forma física que nos leva a perceber que já os alcançamos. A ideia de escrever os objetivos é colocar-nos num estado de consciência de já termos alcançado a parte interna no momento presente, ou seja: eu já sinto todas as emoções que resultam de ter conquistado os meus objetivos muito antes de os alcançar. Isto serve para nos motivar a fazer cada vez mais para alcançar o que queremos. E por isso não estou a recusar o presente, estou a vivê-lo ainda mais intensamente porque percebo que é possível sentir-me bem ao mesmo tempo que procuro alcançar os meus objetivos. É fácil concluir que o melhor caminho para alcançar os objetivos é viver como se já os tivessemos alcançado.  

Mais sobre mim

foto do autor

Arquivo

  1. 2015
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2014
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D

Favoritos